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7/12/2015 - Mairinque - SP

Presépio da Família Viaro faz 75 anos e está aberto para visitação em Mairinque




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Mairinque

Montado sobre uma área de 10 metros quadrados da residência no centro da cidade, com cerca de 5 mil peças, o presépio da família Viaro completa 75 anos e está aberto para visitação. Há 70 anos, com meia dúzia de imagens alusivas à Sagrada Família e alguns animais na manjedoura, o mairinquense Osley Viaro, então com 8 anos de idade, montou seu primeiro presépio embaixo da árvore de Natal.

A tradição vem sendo mantida ininterruptamente e hoje o presépio da Família Viaro é ponto obrigatório de visita para a comunidade religiosa de Mairinque no período natalino.

A cada ano o presépio ganha novas imagens e novos detalhes, com ambientes que representam as diversas passagens bíblicas, como a anunciação à Virgem Maria, o sonho de José, o Censo de Belém e a fuga da Sagrada Família para o Egito, além da cena da manjedoura, com o nascimento de Cristo, explica Osley Viaro.

Neste ano, conforme explica Osley José Viaro, filho de Osley, foram incluídas na montagem pombas brancas trazidas de Bruxelas, gaiolas artesanais confeccionadas por um renomado artesão de Guratinguetá (SP), além de imagens que representam o primeiro banho do Menino Jesus.

Para explicar essa alegoria do banho, ainda na manjedoura, transposta para o presépio, Oslei José cita uma lenda medieval surgida no século XII, segundo a qual “a piedade e a pobreza foram as duas servas que acompanharam Maria durante a fuga do Egito”. Entre outras passagens bíblicas a montagem da Família Viaro também faz uma homenagem a São Francisco de Assis, considerado o padroeiro dos presépios.

O presépio dos Viaro conta com outros detalhes que revelam o esmero e a religiosidade de quem mantém uma tradição viva por décadas. O balaio de um dos pastores guarda partículas do pátio da Basílica da Natividade, que supostamente fica no lugar onde nasceu Jesus Cristo, em Belém e, além disso, uma das fontes da montagem, segundo Osley, contém pedras do Rio Jordão, na Jordânia.

Osley José lembra que as cerimônias natalícias deste ano terão um significado especial para a família. Pela primeira vez o presépio foi montado sem a presença de Ines Maria Mori Viaro, a força matriarcal dos Viaro que partiu desta vida, aos 81 anos, no último dia 12 de agosto. O presépio está aberto à visitação de terça a domingo, das 10h às 20h30. A residência dos Viaro fica na rua Cásper Líbero, 139, em Mairinque.

São Francisco de Assis o padroeiro dos presépios

Contam os historiadores católicos que no dia 24 de dezembro de 1223, Francisco de Assis partiu para a cidade italiana de Greccio, onde resolveu reviver o nascimento de Cristo dentro de uma gruta nos bosques montanhosos, a poucos metros da sua cabana. Junto à manjedoura, ao feno e aos animais foi realizada ali uma missa com a presença dos pastores daquela região. Por tudo isso São Francisco de Assis passou a ser considerado pelos católicos como o patrono universal do presépio.

Idéia romântica ou não, o fato é que tais representações se popularizaram rapidamente, ainda que influenciadas pela mítica medieval em que o figurativo e o teatral em muito contribuíam para a assimilação das crenças. Logo, todos os mistérios da vida de Cristo, desde os episódios mais centrais até os periféricos, encontraram nas manifestações plásticas terreno para se desenvolverem.

Difundido, o presépio cresceu em tamanho, expressão e importância, alcançando enorme popularidade na Itália e então por toda a Europa católica. O presépio assimilava as características culturais de cada localidade. Da indumentária aos animais, personagens e lendas locais associadas à tradição popular, o presépio tornava-se mais autêntico quanto mais regional se mostrasse.

Assim como na diversidade cultural do continente europeu, logo em terras brasileiras se desenvolveria uma apropriação particular. Ao presépio montado acorreriam novenas, simpatias, rezas, danças, bandas e ritos de cantorias com personagens múltiplos que viriam para honrar a manjedoura. Prova disso são os reisados, os pastoris, as visitações e congadas. Ao lado dos camelos e outros animais do Oriente Médio tão distante, o presépio caboclo trazia tatus, pacas, onças e pássaros da fauna brasileira, de barro, cerâmica, madeira e palha. Enfim, de todo material manuseável construíam-se presépios no Brasil, numa atemporalidade nunca dissonante.



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